Partidos de oposição anunciaram na tarde deste sábado, 16, que irão protocolar representação na Procuradoria da República no Distrito Federal solicitando abertura de inquérito policial e decretação de medida cautelar de busca e apreensão de eventuais provas no hotel em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está hospedado em Brasília. O petista recebe políticos e faz articulações no local. Os tucanos querem investigar suposta compra de votos contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O partido também quer que a PF instaure inquérito para apurar a obstrução de rodovias federais por movimentos sociais ligados ao PT.
Já DEM, PPS, PSDB, PSC e PTB informaram que irão no final desta tarde à Superintendência da Polícia Federal para apresentar denúncia crime contra a presidente Dilma, o ex-presidente Lula e os ministros Eva Chiavon (Casa Civil), Eugenio Aragão (Justiça), Aloisio Mercadante (Educação), Jaques Wagner (chefe de gabinete), José Eduardo Cardozo (Advogado-Geral da União), Luiz Navarro (Controladoria-Geral da União), além dos governadores Ricardo Coutinho (PSB-PB), Waldez Góes (PDT-AP), Camilo Santana (PT-CE) e Wellington Dias (PT-PI).
A oposição diz que essas pessoas estão atuando para angariar votos favoráveis ao governo. Os partidos acusam o governo de praticar corrupção ativa, corrupção passiva e desvio de finalidade. A denúncia será apresentada à PF porque a Procuradoria-Geral da República (PGR) não tem plantão no fim de semana.
Os partidos apontam como provas desses crimes a oferta de cargos e nomeações publicadas no Diário Oficial da União (DOU) nos últimos dias, a atuação nas negociações de ministros, dos governadores de Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí e Bahia, além do ex-presidente Lula. Eles também apontam como indício de compra de votos a transferência de terras da União para o Governo do Amapá, Estado de maioria dos votos não declarados.