Polícia Militar monta cordão de isolamento na Esplanada dos Ministérios

A Polícia Militar do Distrito Federal começou neste domingo, 17, a montar um cordão de isolamento dos dois lados da Esplanada dos Ministérios, que foi dividida por um muro de metal para separar manifestantes contrários e favoráveis ao impeachment.
O tenente Araújo Filho, responsável pela organização, disse que não poderia informar quantos policiais foram destacados para a segurança por questões de segurança e estratégia, mas, de acordo com ele, o cordão de policiais irá do Congresso Nacional até próximo à Rodoviária do Plano Piloto, trecho que tem cerca de 2,5 km.

Até o momento, apenas cerca de 10% do trajeto já conta com policiais posicionados. Para a jornada, os policiais escalados receberam um kit com barras de cereais e paçoca de amendoim. Não há previsão de trocas regulares dos policiais destacados para esta função. O movimento dos dois lados ainda é tranquilo, com a concentração de poucos manifestantes. No lado sul, reservado aos pró-impeachment, alguns presentes cobriram grades metálicas com uma faixa amarela, em que escreveram dizeres como "Queremos paz" e "Mais amor, dia de alegria".

O professor da rede pública do Distrito Federal, Wellington Barbosa Sampaio, está na Esplanada, junto dos manifestantes pró-impeachment e se diz um eleitor arrependido da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula. Ele diz que votou nas quatro últimas eleições no PT, mas agora gastou R$ 90,00 para fazer uma faixa pelo impeachment que exibe hoje na Esplanada dos Ministérios, próximo ao muro que divide os dois lados das manifestações.

Segundo Sampaio, seu maior arrependimento é porque o PT enganou com promessas não cumpridas. "O poder subiu à cabeça de Lula e do PT", diz, embora reconheça que o ex-presidente fez muitas coisas boas no primeiro mandato.
Agora, no entanto, ele acha que a corrupção tomou conta do País e a economia está um caos..