O início da sessão da Câmara dos Deputados que vota o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), neste domingo, começou tensa e com protesto contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com faixa e cartazes contra o que eles chamam de golpe contra a democracia, parlamentares contrários ao impedimento estenderam uma enorme faixa com a frase: “Fora Cunha”. O texto causou irritação do peemedebista que pediu que o local fosse esvaziado e suspendeu o uso de faixas no plenário, procedimento que vinha sendo adotado nos últimos dias.
Bastante irritado, Eduardo Cunha exigiu silêncio dos parlamentares para que o relator do processo, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), pudesse iniciar seus pronunciamento. “Essa Casa tem que dar o respeito para que a população percebe que se trata de um processo que é sério. Por isso, peço que todos se comportem como a ocasião exige”, afirmou. Cunha ainda determinou que na bancada onde os oradores fossem usar a palavra não poderia ter outras pessoas ou objetos.
Minutos antes das 14h, quando pontualmente começou a sessão, um grupo de parlamentares contra o impedimento entrou no Salão Verde em direção ao plenário da Casa aos gritos de “democracia" e "não vai ter golpe”. Os deputados pró Dilma também seguravam cartazes em favor da presidente.
Diante das atenções que o ato despertou no Salão Verde, a oposição contra atacou de mãos dadas aos gritos de impeachment e cantando “ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora, o dia já vem raiando, meu bem a Dilma já vai embora”.