O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, negou o pedido de suspender a sessão que vota o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), neste domingo. O pedido foi feito na sexta-feira pelo deputado do PT de Minas, Reginaldo Lopes. O mandado de segurança protocolado na Corte pretendia que o Supremo exijisse a juntada imediata da denúncia contra o vice-presidente da República, Michel Temer, ao processo de impedimento de Dilma. Na peça, o petista pede a suspensão da votação de hoje e o retorno do processo à fase da Comissão Especial. A decisão foi anunciada aos parlamentares durante a sessão da Câmara.
A denúncia contra Temer foi apresentada à Câmara pelo advogado Mariel Marra. O argumento do pedido apresentado contra o peemedebista é de que o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade ao assinar no ano passado quatro decretos que autorizavam a abertura de crédito suplementar sem aval do Congresso. O caso foi revelado em dezembro e é um dos crimes apontados na denúncia em discussão contra Dilma.
O deputado Reginaldo Lopes argumenta que, após a decisão de Marco Aurélio de determinar o desarquivamento do pedido de impeachment contra Temer, fica claro que os dois casos precisam ser analisados juntos.
Ainda segundo ele, deve ser anulada a sessão da Comissão Especial que aprovou o relatório do deputado Jovair Arantes a favor do impedimento da petista para que se volte à fase inicial de trabalho do grupo, com prazo para defesa do vice-presidente Michel Temer.
Aos finais de semana, as decisões com pedido liminar são decididas de forma monocrática pelo ministro relator, podendo, posteriormente, passar pela apreciação do plenário.
Com Agência Estado
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