O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entregou na tarde desta segunda-feira ao comandante do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o relatório com os autos da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), aprovado neste domingo. O afastamento recebeu 367 votos favoráveis,137 contrários, sete abstenções. Duas ausências foram registrados. O documento tem 36 volumes e 11 anexos. Os dois peemedebistas se reuniram no gabinete do presidente do Senado.
A previsão é que o relatório seja lido no plenário do Senado nesta terça-feira, dando o início oficial dos trâmites na Casa. O presidente e o relator do colegiado, que terá 21 senadores titulares, devem ser eleitos dentro do prazo de 48 horas. A previsão é que a reunião da comissão deve acontecer nesta quarta-feira, já que quinta-feira é feriado, de Tiradentes. A comissão terá prazo de 10 dias para concluir o trabalho e levar o relatório ao plenário da Casa.
Se a admissibilidade do impeachment for aprovada também pelos senadores, como foi pelos deputados, a presidente será afastada por até 180 dias, enquanto o Senado analisa o processo em si, e define se Dilma terá o mandato cassado. Neste intervalo o atual vice-presidente, Michel Temer (PMDB) assume o governo de forma interina.