"Há um detalhe, já observado na Câmara dos Deputados, é que o relator, diferentemente do que acontece nas comissões, precisa ser eleito à exemplo do presidente da comissão", afirmou afastando as possibilidades de nomes mencionados. De acordo com Renan, os líderes partidários vão conversar entre si para criar as condições necessárias para eleger presidente e relator.
O posicionamento de Renan frustra os planos da oposição, juntamente com a ala do PMDB aliada a Michel Temer, que já apontavam nomes para estes cargos.
Considerando apenas o tamanho das bancadas e excluindo PT e PMDB da disputa, por considerá-los parte interessada, a oposição já contava com o nome de Antonio Anastasia (PSDB-MG) para a presidência, enquanto Ana Amélia (PP-RS) assumiria a relatoria.
A decisão havia sido referendada pelo presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR), que inicialmente queria que o próprio partido relatasse a matéria e indicou o nome do líder do partido, Eunício Oliveira (CE). Após Eunício recuar da decisão, Jucá passou a defender que caberia a ele indicar outro nome. Nos bastidores, a indicada seria Ana Amélia. A senadora não negou, mas não quis se manifestar publicamente.
Rito
O presidente do Senado também informou que a anúncio da chegada do processo de impeachment será lido no plenário apenas nesta terça-feira, 19. Por isso, já na parte da manhã, Renan pretende fazer reunião com os líderes partidários para que eles indiquem os membros para a comissão respeitando a proporcionalidade das bancadas, além de analisarem os prazos que devem ser respeitados.
Ele não respondeu se será considerado o tamanho dos partidos ou dos blocos, e se será levada em conta a composição atual ou a que entrou em exercício em 2015, ignorando trocas de partido.
Nesta tarde, Renan encontra a presidente Dilma Rousseff e, logo em seguida, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski..