Um dia após a Câmara aceitar a admissão do pedido de impeachment com mais de dois terços de aprovação dos parlamentares, a advogada convocou coletiva de imprensa para comentar o processo, ao lado do jurista Hélio Bicudo, também autor do pedido. "Ontem para mim foi um alívio, mas não especificamente pelo resultado, que eu entendo que foi justo, mas pela maneira como o País passou por isso, foi uma aula de democracia que o País passou para o mundo", afirmou Janaina.
Sobre as homenagens que os deputados fizeram a suas famílias, a Deus e às mais diversas causas na hora de anunciar seus votos, a advogada disse que isto não tira a legitimidade do processo de impeachment. "Foi um momento de manifestação dos deputados, isto é inerente ao papel do deputado, que é eleito por uma comunidade e presta satisfação a essa comunidade", explicou. "E a participação em peso dos deputados foi um recado de que não estão à venda", afirmou, em referência à negociação de cargos que ocorreu nas semanas que antecederam a votação.
Janaína chegou a dizer, inclusive, que se sentiu representada pelos parlamentares enquanto eles votavam.
Depois que passou a aparecer com mais frequência no noticiário, em razão do pedido de impeachment, Janaina recebeu convite do Partido Novo para fazer parte da legenda. Ela negou o convite e disse que, pelo seu perfil, nenhuma sigla seria capaz de acolhê-la. "Eu não tenho essa vontade", contou. A advogada negou também que aceitaria cargo em um eventual governo Temer. "Mas também não vou assinar um papel dizendo que nunca na minha vida aceitarei algum cargo", ressaltou..