Tenho plena convicção ( ) de que, em meu governo, o Brasil não retrocedeu em nenhum setor, em nenhuma avaliação relevante. Apesar da abrupta interrupção de meu mandato, creio: o legado foi positivo, disse Collor, da tribuna do Senado.
Embora tenha tecido uma série de críticas ao governo Dilma, o ex-presidente ressalvou ser imprudente adiantar seu voto quanto à eventual punição da petista. O senador afirmou que qualquer palavra que dê no momento poderão se criar celeumas, o que não seria sua intenção. Ele disse que desde 2012 vinha chamando a atenção para o esfacelamento institucional do País.
O tempo e o presente quadro de degradação do País me deram razão. Porém, o que perdurou foi a postura de sempre: me ouviram, mas não me escutaram, criticou.
Em nome do novo bloco partidário formado por 10 senadores, intitulado Moderador, o ex-presidente um conjunto de propostas para a gestão governamental intitulado Brasil: Diretrizes para um Plano de Reconstrução. Entre as medidas, ele defendeu um enxugamento da máquina do Estado, a modernização da economia tendo a iniciativa privada como principal motor, ações na área de direitos humanos e até uma sugestão de se fazer uma reforma política para alterar o regime de governo para parlamentarista.
Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), ex-ministro da Educação do governo Lula, elogiou a atuação de Collor na área, a quem disse ter autoridade especial para falar do assunto. Ele destacou que no mandato do então presidente foi se feito o único verdadeiro esforço de federalizar a educação no Brasil, com a construção de cerca de 550 centros integrados de atendimento à criança..