Por enquanto, a entidade decidiu realizar um ato no dia 1º de Maio, na Avenida Paulista, com a presença de políticos e artistas chamado de Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora.
"A ideia é fazer um grande 1º de Maio para derrubar a ponte e garantir o futuro do País", disse Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), aliada da CUT. Ele faz referência ao programa "Uma ponte para o futuro", do PMDB do vice-presidente Temer. "Vamos lutar muito para barrar o processo de impeachment", afirmou.
A Força Sindical, comandada pelo deputado do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, optou por não se posicionar contra ou a favor do impeachment porque seus filiados estão divididos. "Estamos preocupados com ações do meio empresarial junto a um possível novo governo com propostas contra os interesses dos trabalhadores", declarou João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da entidade.
A Força mantém a festa do 1º de Maio na Praça Campo de Bagatelle, zona Norte de São Paulo, no mesmo perfil de anos anteriores. A União Geral dos Trabalhadores (UGT) também não declarou apoio aberto contra ou a favor do afastamento de Dilma. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT, prepara ato para o 1º de Maio no Estádio Poliesportivo, em São Bernardo do Campo (SP), com o tema principal voltado à questão do emprego. Na segunda, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ligado à Força, afirmou que não aceitará qualquer mudança na CLT.
Greve
Já os petroleiros estudam entrar em greve geral em reação à vitória do impeachment no Congresso.
Representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística, João Paulo Estausia disse que, numa eventual confirmação no Senado do afastamento de Dilma, o movimento sindical não reconhecerá um governo Temer. "Ele não tem legitimidade para assumir. Se isso ocorrer, vamos desestabilizar o novo governo", afirmou..