Ao longo do levantamento, cerca de 25% dos consultados se declararam indecisos ou não quiseram revelar sua tendência de voto em determinado momento. Pouco a pouco, porém, a maioria desceu do "muro" e se posicionou abertamente. No decorrer das publicações do placar, o número de indecisos ou dos que não quiseram responder caiu de 134 para apenas 28. Isso representou uma redução de quase 80% no número de indefinidos no decorrer de 13 dias.
À medida que ocorria esse processo de tomada de posição, o lado que mais crescia era o da oposição - ao final, houve 96 adesões dos indefinidos ao grupo pró-impeachment. O lado do "não" ao processo contra Dilma, por sua vez, ganhou apenas 34 deputados. Não entram nessa conta os parlamentares que foram substituídos por titulares das cadeiras e acabaram não participando da sessão de domingo.
No primeiro dia, o grupo de indefinidos incluía os deputados não localizados pela reportagem.
Tanto o grupo pró quanto o contra o impeachment cresceram ao longo do tempo. Mas a parcela contrária à presidente "engordou" de forma mais acentuada.
Precisão
A comparação entre os dados do Placar do Impeachment e os da votação do domingo mostra que a taxa de acerto no levantamento da reportagem foi de 99%. Os 100% só não foram atingidos porque alguns deputados mudaram de lado na última hora.
Dos 350 deputados que haviam se declarado favoráveis ao impeachment, todos, de fato, acabaram votando pela abertura do processo contra a presidente. Do outro lado, dos 133 que se apresentaram como contrários ao impeachment, 129 confirmaram essa posição ao votar. Dois acabaram mudando de lado, ao votar "sim", e outros dois se abstiveram..