A defesa do publicitário João Santana recorreu nesta terça-feira da decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou na semana passada o pedido para anular a sua prisão e para que seu caso fosse para a Corte.
Em seu despacho, Teori julgou que a reclamação apresentada em março pela defesa do marqueteiro havia perdido o objeto, uma vez que as investigações relativas a Santana e sua mulher, Mônica Moura, já haviam subido para o Supremo.
A defesa, porém, sustenta que a questão principal é a revogação da prisão de Santana. O publicitário e a mulher tiveram a prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro em fevereiro.
"Evidente, portanto, que a remessa dos autos originários a esta Corte, da forma como se verificou, não contempla, e muito menos esgota, as questões - muito mais graves, e de repercussões muito mais amplas - tratadas na presente Reclamação!", diz o recurso.
A chegada do caso ao STF ocorreu depois de Teori determinar que Moro deveria enviar ao Supremo todas as investigações da Operação Lava Jato que envolvessem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, indiretamente, a presidente Dilma Rousseff.
No recurso, os advogados de Santana voltam a argumentar que as investigações que pesam contra o marqueteiro são sobre possíveis crimes eleitorais ligados à campanha de Dilma. Em seu despacho, Teori afirmou que, porém, que eles são investigados por participação no esquema de corrupção da Petrobras e não por suposta participação em crime eleitoral.