“Os atos já estavam prontos e a administração não pode parar, a fim se evitar a solução de continuidade e impedir que a população seja prejudicada”, disse o secretário municipal de Governo e Articulação Política, Farley Menezes. Segundo ele, apesar da prisão, o prefeito “continua em pleno exercício do cargo, pois não foi decretado o seu afastamento”. A assessoria do prefeito anunciou que, por intermédio do advogado Eugênio Pacelli (ex-procurador da República), foi protocolado pedido de habeas corpus a favor de Muniz no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasilia, alegando que “não há fundamento legal para a prisão preventiva”.
De acordo com a PF, as investigações demonstram que o prefeito “direta e indiretamente, valendo-se de meios fraudulentos, tentou destruir e/ou inviabilizar a existência e o funcionamento” dos hospitais credenciados pelo sistema Único de Saúde na cidade – Santa Casa, Aroldo Tourinho, Dilson Godinho e Universitário Clemente de Faria – para favorecer o Hospital Mário Ribeiro, do grupo Soebras. Segundo a PF, em outubro de 2015, o prefeito e a secretária de Saúde, Ana Paula Nascimento, que também está presa, fizeram a retirada de cerca de 26 mil consultas especializadas e 11 mil exames dos hospitais “deixando de prestar os correspondentes serviços pela rede municipal, causando graves problemas à população. A corporação aponta ainda que houve uma auditoria do Sistema Datasus que apontou uma retenção de R$ 16 milhões por parte da prefeitura de recursos destinados a hospitais públicos da cidade e que a suspeita seria o favorecimento ao hospital da Soebras.
Nessa terça-feira (19), por meio de nota, a deputada federal Raquel Muniz (PSD), esposa do prefeito, afirmou que reitera as palavras ditas domingo à noite, durante a votação da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, quando afirmou que Muniz era um exemplo para o país.
.