Kátia disse a Jô que a sessão do impeachment foi um "show de horrores". "Todos ficaram impactados com aquele cenário. Antes de terminar a votação, fui para o Palácio do Alvorada. Ela (a presidente Dilma) disse que nunca imaginou que fosse viver de novo um golpe", disse.
A ministra classificou a denúncia que levou à aprovação afastamento da presidente como um erro e lembrou que governadores adotaram práticas semelhantes. A denúncia, segundo ela, faz referência a 2015, um ano em que não ocorreram as práticas classificadas como irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU), as pedaladas fiscais.
Seu retorno ao Senado para votar a favor de Dilma no processo de impeachment está descartado, segundo ela, já que seu suplente, Donizeti Nogueira, é do PT e votará a favor da presidente.
Durante a entrevista, a ministra se posicionou oficialmente pela primeira vez contra uma fala de um dirigente da Contag que convocou, em evento no Palácio do Planalto, invasões a terras de parlamentares ruralistas. "Foi uma declaração infeliz", classificou.
Kátia relatou ainda como teve início sua relação com a presidente Dilma Rousseff.
O apresentador ainda lembrou do episódio em que o senador José Serra (PSDB-SP) a chamou de "namoradeira" e ela respondeu jogando uma taça de vinho no rosto do tucano. "Foi tão ofensivo e desagradável. Estavam todos se despedindo e ele veio de longe, na roda em que estava e soltou essa frase", afirmou. "Ficou todo mundo olhando para ele. O Renan (Calheiros, presidente do Senado) tentou me defender de alguma forma", disse.
A ministra também fez críticas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Imagina se a presidente Dilma tivesse feito um décimo do que esse senhor já fez. É inadmissível. Isso não ocorreria em qualquer país civilizado do mundo", argumentou..