Em despacho à Polícia Federal (PF), a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Thereza determinou o início da produção de provas para embasar a ação que pede a cassação da chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), formada em 2014. No documento, ela pede que a PF ouça delatores da Operação Lava-Jato, que investiga os crimes de corrupção na Petrobras, e faça perícias solicitadas pelo PSDB.
Devem ser ouvidos Augusto Mendonça, Pedro Barusco, Eduardo Hermelindo Leite, Ricardo Ribeiro Pessoa, Hamylton Pinheiro Padilha Júnior, Julio Gerin de Almeida Camargo, Marcelo Cortes Néri e Zwi Skornicki. Haverá ainda perícia contábil nas empresas Gráfica VTPB Ltda, Editora Atitude, Red Seg Gráfica e Editora e Focal Confecção e Comunicação Visual Ltda.
O processo também deve se valer de extratos bancários de repasse de recursos para políticos e partidos e tabela detalhada com as propinas recebidas em cada contrato da Petrobras que foi preparada por Pedro Barusco como prova de que o Partido dos Trabalhadores supostamente recebia recursos que decorriam dos contratos da estatal.
De acordo com a assessoria do TSE, não há previsão para o fim das investigações. Quando a PF concluir o caso, a ministra vai compor seu voto e o submeterá ao plenário do tribunal. Se a maioria dos ministros concordar, a chapa Dilma-Temer poderá ser cassada. Porém, não se trata de um processo simples, já que tramita no TSE outro pedido, desta vez de Michel Temer. O peemedebista solicitou que fosse separada a campanha dele da realizada por Dilma, o que alteraria a decisão dos ministros.