Como Cunha é parte no processo, o vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA), aliado do peemedebista, é responsável por responder o pedido. Caso não haja retorno até meio dia da véspera do depoimento, agendada para a próxima terça-feira, 26, Araújo afirma que pagará pelo transporte do convidado, a fim de manter a oitiva. Na semana passada, alguns parlamentares cogitaram fazer uma "vaquinha" para trazer Baiano.
Ontem, o presidente da Câmara declarou que o Conselho da Câmara não tem o hábito de pagar passagens de pessoas que são convidadas a depor em comissões e que ele mesmo financiará as passagens dos convidados da defesa. Para Cunha, testemunhas da Operação Lava Jato, como Baiano, "não têm nada a ver com o objeto da representação" e pagar pelo seu transporte seria "desperdiçar dinheiro público para fazer holofote".
Segundo o relator do caso, Marcos Rogério (DEM-RO), Baiano teria participado de negociações envolvendo a remessa de recursos para o parlamentar. Em delação premiada, o lobista disse no ano passado que Cunha pediu propina em forma de doação eleitoral para o PMDB. O presidente da Câmara é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção e lavagem de dinheiro.