Veja quais senadores votam a favor e contra o impeachment

Comissão tem 70% a favor do impeachment. Com a indicação dos nomes pelo PT, colegiado do Senado está completo e vai a votação na segunda-feira

Estado de Minas

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Brasília – Os líderes dos blocos partidários concluíram ontem as indicações dos 42 integrantes da comissão especial do impeachment do Senado – e entre os 21 titulares e 21 suplentes, 70% deles já se declararam favoráveis ao impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT). Ao todo, 27 se disseram favoráveis, 10 contrários, um indeciso, três não quiseram responder e há ainda um voto em aberto (veja quadro ao lado). Pela manhã, o bloco liderado pelo PT apresentou formalmente o nome dos integrantes. A quarta vaga na suplência foi cedida a João Capiberibe (PSB-AP), que é de outro bloco partidário. O senador José Maranhão (PMDB-PB) desistiu de participar do grupo e foi substituído pelo então suplente Dário Berger (PMDB-SC).

Com a composição completa, o plenário do Senado se reunirá na próxima segunda-feira para aprovar em votação a escolha dos indicados e eleger o presidente e o vice-presidente. No mesmo dia, as indicações de nomes para ocupar a comissão serão votadas pelos senadores em plenário, quando, então, a comissão será instalada. O PMDB, maior bancada da Casa, com 18 senadores, indicou para a presidência do colegiado Raimundo Lira (PMDB-PB).

Líderes da oposição estimam que o afastamento de 180 dias da presidente seja aprovado entre os dias 11 e 12 de maio, dando início ao governo provisório do vice-presidente Michel Temer (PMDB-RJ). Lira afirmou ontem que vai analisar a possibilidade de abrir espaço para a manifestação da defesa de Dilma antes da última fase do julgamento.
“Na comissão, não está prevista a fala do advogado da defesa da presidente, mas, se não tiver nenhum impedimento legal, vou conceder a possibilidade e o tempo necessário para que o advogado possa vir fazer essa defesa”, afirmou Lira.

Ontem mesmo, Lira se reuniu com assessores técnicos da área jurídica para esclarecer questões legais a respeito do processo. O senador disse que pretende usar os 10 dias úteis previstos no regimento da Casa para a análise da comissão, para que a tramitação no Senado não seja “encurtada”. Questionado pela imprensa sobre seu posicionamento em relação ao afastamento de Dilma, ele disse que pretende garantir “imparcialidade e isenção” nos trabalhos. “Tenho que ter a partir deste momento uma posição de total isenção. Não posso fazer nenhum tipo de manifestação nem a favor nem contra o impeachment”, declarou.

O PSDB, que tem o segundo maior bloco partidário, com 11 parlamentares, apresentou o nome do tucano Antonio Anastasia (MG) para relatoria, mas o PT – que também tem uma bancada de 11 integrantes – tem protestado contra a indicação dele, que considera parcial (o tucano já declarou voto a favor do impeachment), e ameaça recorrer à Justiça.

 

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