Com a composição completa, o plenário do Senado se reunirá na próxima segunda-feira para aprovar em votação a escolha dos indicados e eleger o presidente e o vice-presidente. No mesmo dia, as indicações de nomes para ocupar a comissão serão votadas pelos senadores em plenário, quando, então, a comissão será instalada. O PMDB, maior bancada da Casa, com 18 senadores, indicou para a presidência do colegiado Raimundo Lira (PMDB-PB).
Líderes da oposição estimam que o afastamento de 180 dias da presidente seja aprovado entre os dias 11 e 12 de maio, dando início ao governo provisório do vice-presidente Michel Temer (PMDB-RJ). Lira afirmou ontem que vai analisar a possibilidade de abrir espaço para a manifestação da defesa de Dilma antes da última fase do julgamento.
Ontem mesmo, Lira se reuniu com assessores técnicos da área jurídica para esclarecer questões legais a respeito do processo. O senador disse que pretende usar os 10 dias úteis previstos no regimento da Casa para a análise da comissão, para que a tramitação no Senado não seja “encurtada”. Questionado pela imprensa sobre seu posicionamento em relação ao afastamento de Dilma, ele disse que pretende garantir “imparcialidade e isenção” nos trabalhos. “Tenho que ter a partir deste momento uma posição de total isenção. Não posso fazer nenhum tipo de manifestação nem a favor nem contra o impeachment”, declarou.
O PSDB, que tem o segundo maior bloco partidário, com 11 parlamentares, apresentou o nome do tucano Antonio Anastasia (MG) para relatoria, mas o PT – que também tem uma bancada de 11 integrantes – tem protestado contra a indicação dele, que considera parcial (o tucano já declarou voto a favor do impeachment), e ameaça recorrer à Justiça.
.