Presente na lista tanto de petistas quanto de peemedebistas, Meirelles nunca escondeu o desejo de se tornar ministro da Fazenda. Mas, para assumir o cargo, ele quer autonomia para escolher os outros integrantes da equipe econômica, como o presidente do Banco Central e o ministro do Planejamento.
Se for convidado e aceitar o cargo, Meirelles volta para a equipe econômica 13 anos depois de ter sido a principal aposta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para dar respaldo econômico a seu governo. No início de sua gestão no BC, Meirelles atuou com o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Com a queda de Palocci, em 2006, substituído pelo ex-ministro Guido Mantega, Meirelles enfrentou vários embates, principalmente sobre a velocidade de queda da taxa básica de juros, a Selic.
Na possibilidade de assumir o cargo, Meirelles terá muitas dificuldades para enfrentar logo de início, principalmente na transição de governo, que deve ser traumática, conforme indica o clima de tensão crescente entre a presidente Dilma Rousseff e Michel Temer.
Desde 2014, Lula tem defendido Meirelles na Fazenda. Ele foi cotado para ocupar o lugar de Mantega, mas o escolhido foi o ex-ministro Joaquim Levy. O fato de ter participado do governo petista pesa contra Meirelles neste momento.
Ontem, políticos ligados a Temer afirmaram ao Estado que ele avalia o nome do economista Paulo Rabello de Castro para a Fazenda.
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