O PSDB definirá, no dia 3 de maio, se o partido aceitará ocupar cargos oferecidos por Temer, se ele assumir a Presidência. Caso não aceite, uma das propostas é obrigar os filiados que queiram assumir cargos a se licenciar da sigla. "Não há distanciamento, mas sim uma discussão interna e legítima. O PSDB tem excelentes quadros que poderiam ajudar qualquer governo, mas é uma decisão interna que nós vamos respeitar", disse Jucá. Para ele, tucanos são "muito importantes para a união e para a retomada da atividade econômica do País".
Jucá criticou ainda a fala da presidente Dilma Rousseff, de que os defensores de seu afastamento estão "vendendo terreno na lua" para chegar ao poder. "O vice-presidente não está garantindo cargo para ninguém, vendendo ou entregando nada, nem nomeando ninguém, até porque não estamos no poder", disse Jucá.
O senador disse que o PMDB está conversando com vários partidos para definir a formação de um bloco político parlamentar para recuperar o País. "A nenhum deles (partidos) cabe essa reprimenda de Dilma", disse. "Estamos discutindo um futuro governo para o caso de o Senado decidir afastá-la, algo que vamos aguardar com tranquilidade", acrescentou.
Além de Jucá, estiveram reunidos hoje com o vice-presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles (PSD) e o ex-ministro das Cidades e presidente do PSD, Gilberto Kassab..