O ex-senador Gim Argello (PTB/DF) se calou na Polícia Federal nesta segunda-feira, 25. Preso na 28.ª fase da Operação Lava-Jato, deflagrada no dia 12, por suspeita de recebimento de R$ 5,35 milhões em propinas de empreiteiros em troca de não convocá-los para depor na CPI da Petrobras, Argello seria ouvido pela PF em Curitiba. Mas escolheu o silêncio como estratégia.
Os investigadores atribuem ao ex-senador crime de corrupção. Ele teria tomado dinheiro de Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, e de Léo Pinheiro, da OAS. Da UTC teria recebido R$ 5 milhões - valor destinado a quatro partidos nas eleições de 2014. Da OAS, outros R$ 350 mil, destinados à Paróquia São Pedro, em Taguatinga, cidade satélite de Brasília.
Nesta segunda-feira, Argello teria oportunidade para se manifestar sobre as suspeitas que a força-tarefa da Lava-Jato lança sobre sua conduta. Mas ficou em silêncio.
"A defesa precisa primeiro conhecer o teor completo da investigação, todos os detalhes da investigação e, eventualmente, da acusação que poderá ser feita contra ele pelo Ministério Público Federal para então poder se manifestar", esclareceu o advogado Marcelo Bessa, constituído por Gim Argello.