Senadores integrantes da Comissão Especial do Impeachment elegeram nesta terça-feira por aclamação, sem votos por não haver candidatura concorrente, neste terça-feira, o senador Raimundo Lira (PMDB/PB) para presidir o colegiado. Os parlamentares discutem agora o encaminhamento da eleição para o cargo de relator. O senador Antonio Anastasia (PSDB/MG) foi indicado pela oposição para o desempenho da função.
Após a eleição, o colegiado será instalado hoje, começa a contar o prazo de 10 dias de tramitação. Em seguida, o texto é analisado pelo próprio colegiado para, na sequência, ser levado ao plenário do Senado. A previsão é que ass votações ocorram em 9 e 12 de maio, respectivamente. Se mais da metade dos 81 senadores se manifestarem favorável ao impeachment, a presidente é afastada por 180 dias e o vice, Michel Temer, assume o Planalto.
O segundo maior bloco da casa com quatro senadores, da oposição — composto por PSDB, DEM e PV — escolheu o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) para o cargo. A indicação gerou polêmica com os defensores do governo que, devido ao fato de Anastasia ser do PSDB e próximo ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado à presidência em 2014, alegam que ele não terá a isenção necessária na produção do relatório final do grupo.
O debate em torno do nome do relator extrapolou as reuniões de líderes e tomou conta do plenário na tarde dessa segunda-feira (25). Petistas e aliados prosseguiram na estratégia de bater na proximidade entre Anastasia e Aécio enquanto parlamentares tanto da oposição quanto de outros blocos saíram em defesa do mineiro.
Agenda
O futuro presidente da comissão especial adiantou nessa segunda-feira (25) que ainda nesta semana os advogados que apresentaram o pedido de impeachment de Dilma – Hélio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior – serão ouvidos pelos senadores. No dia seguinte, será a vez do ministro da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, fazer a defesa da presidente.