"Cargo não é o ponto principal desta questão.
Jucá afirmou ainda que um eventual governo Temer não deve aumentar impostos nem cortar programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. "O presidente Temer deve trabalhar com o tripé de retomada da credibilidade do governo, da segurança jurídica e da previsibilidade para recuperar a economia".
Jucá, que foi líder do governo no Senado durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff, afirmou que as chamadas "pedaladas" são crimes fiscais. "Outros governos ficaram no negativo eventualmente, mas a Dilma desequilibrou o fiscal", afirmou.
O senador declarou que a tese levantada pelo PT sobre novas eleições é uma "jogada diversionista para esquecerem as pedaladas fiscais". "Está fora da Constituição, é golpe, é tentativa de anular a regra. Temer assume porque o vice-presidente assume e conclui o mandato.
Lava-Jato
Jucá afirmou que o PMDB apoia as investigações sobre corrupção e alegou diferenças entre a relação do PT e de seu partido com a Lava-Jato. "O PT está na Operação Lava-Jato com o CNPJ do partido. Do PMDB algumas pessoas foram mencionadas. Não há demérito em ser investigado. O demérito é ser condenado. O PMDB não está como partido sendo investigado. Pessoas do partido foram investigadas e devem se esclarecer", declarou.
O senador ainda disse que o impeachment de Dilma Rousseff não é um "jogo ganho" e que a chegada de Michel Temer à Presidência da República seria "uma saída para a classe política se redimir".
Entretanto, Jucá afirmou que é preciso ser "comedido e responsável". "Não está definido, está bem encaminhado e vai depender dos votos dos senadores. Eu torço para que haja afastamento, mas entre a minha torcida e a realidade existe um certo tempo", disse..