Testemunha de acusação do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, ainda não chegou para prestar depoimento na tarde desta terça-feira, no Conselho de Ética da Casa.
Segundo a cúpula do colegiado, desde a segunda-feira, 25, quando a Câmara autorizou a compra de passagens aéreas para Baiano e seu advogado, o lobista não atendeu mais ligações e não confirmou vinda a Brasília. O sessão de oitiva de Baiano estava marcada para as 14 horas.
Delator de Cunha nas investigações da Operação Lava Jato, Baiano cumpre prisão domiciliar desde meados de novembro passado. Apontado como operador de propinas do PMDB no esquema de corrupção que se instalou na Petrobras, Baiano fez delação premiada, homologada pelo Supremo Tribunal Federal em setembro. Em seus depoimentos, Fernando Baiano revelou encontros na casa de Cunha para cobrar propina atrasada. Ele citou o peemedebista como beneficiário do esquema de propina na estatal.