Brasília, 26, 26 - Ao mesmo tempo em que discute a antecipação das eleições presidenciais como uma maneira de evitar um governo Michel Temer, a presidente Dilma Rousseff agendou inúmeras cerimônias para os próximos dias, nas quais usará o palanque para continuar defendendo seu mandato e denunciar o que chama de golpe, que estaria em curso com a possibilidade de seu afastamento do cargo.
Dilma foi convidada para ir ao evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no dia 1º de maio, em São Paulo, em comemoração ao dia do Trabalhador, e estuda a possibilidade de ir. Poderia fazer mais um duro discurso em um dia simbólico, às vésperas da votação do seu afastamento na comissão especial do Senado.
Para esta quarta-feira, a presidente tem uma frenética agenda. Às 11 horas, instala o Comitê de Política Indígena, no Palácio do Planalto, com direito a discurso contra o golpe e claque pró-Dilma. Às 15 horas, concede entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da rede de TV norte-americana CNN. Às 18 horas, vai ao Centro de Convenções abrir a Conferência de Direitos Humanos.
Para sexta-feira, a ideia inicial era uma ida a Santarém (PA), mas a viagem foi adiada para a semana que vem, pela dificuldade de acesso ao local. Neste dia, o Planalto está programando uma solenidade no palácio, do programa Mais Médicos, uma das vitrines do governo federal.
Um mega evento está sendo preparado para o recebimento da tocha Olímpica, no dia 3 de maio, terça-feira da semana que vem.