O senador disse que o BC também deveria ter como função, além do controle da inflação, o desenvolvimento da economia - em março, ele apresentou uma emenda à sua PEC para contemplar essa nova vocação da autoridade monetária. O texto está parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado à espera de designação de um relator. "O BC não pode ter leitura só monetarista", disse Jucá.
O peemedebista vem articulando com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com setores do PSDB a votação dessa proposta, iniciativa que conta com a objeção da presidente Dilma Rousseff. A tendência é que o projeto ganhe impulso caso seja levado a cabo por Temer. O principal nome para ocupar o Ministério da Fazenda, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles já se declarou publicamente favorável a essa autonomia formal.
Confiança
Cotado para assumir o Ministério do Planejamento, Jucá disse que a escolha da equipe econômica é uma decisão do presidente.
Jucá reafirmou que as pedaladas fiscais - um dos motivos que podem levar ao afastamento de Dilma do governo - são, sim, crime de responsabilidade. Para ele, houve "quebra" do ambiente econômico positivo e o resultado está na vida das pessoas com a alta dos juros praticados.
"Quando se tem um desemprego duplicando em um ano e meio, é fruto de crime de responsabilidade", disse ele, para quem o governo agiu de forma deliberada para "solapar" a taxa de juros e as finanças públicas..