Ex-ministro da Reforma Agrária e ex- presidente do Ibama no governo Fernando Henrique Cardoso, Jungmann estudou e acompanhou de perto assuntos ligados à Defesa, tanto no Congresso Nacional quanto em contato direto com o ex-ministro da área nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma, seu amigo Nelson Jobim, responsável por ter implementado o ministério na prática.
Jobim era o preferido por Temer para voltar à pasta da Defesa, mas preferiu ficar fora do novo governo, alegando, por exemplo, que sua atuação como advogado-consultor de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato poderia dar munição a adversários do vice e dele próprio. Ouvido, o ex-ministro acertou que dará apoio ao governo como membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, e apoiou o nome de Jungmann com entusiasmo, segundo articuladores políticos.
A intenção de Temer é manter os atuais comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, que vêm sendo consultados informalmente sobre os nomes cotados para a Defesa, inclusive o de Jungmann. Eles têm o compromisso de não se meterem em questões políticas, nem assumir qualquer lado.
Na quinta-feira, Temer se reuniu com o senador Cristovam Buarque e com o deputado Roberto Freire (SP), presidente nacional do PPS. O senador, que foi ministro da Educação de Lula, era cotado para a pasta da Cultura. Não farei parte do governo Temer. Se for chamado, direi não, afirmou o parlamentar à Rádio Estadão, ontem (29).
As informações são do jornal
O Estado de S.