"A diferença entre esse processo e o do Collor é que o inigualável presidente Itamar Franco jamais conspirou, articulou governo, jamais procurou estabelecer governo diferentemente do que se vive hoje, que é exatamente o contrário. O que se está removendo não é uma presidente da República, é um projeto de governo e essa diferença é muito radical", disse Lavenère, em audiência na Comissão Especial de Impeachment do Senado.
'Crônica da morte anunciada'
Para o jurista, o pedido contra Dilma é uma "crônica da morte anunciada", uma vez que, 15 dias após a petista tomar posse em seu mandato reeleito, um partido de oposição encomendou um estudo a juristas sobre o eventual impeachment da presidente.
Em resposta aos questionamentos do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Lavenère disse compreender "perfeitamente" a insatisfação do parlamentar diante de um governo que não preenche a expectativa dele. Mas ele destacou que, num regime presidencialista, para o inconformismo com as políticas públicas, "não cabe o remédio do impeachment". "Portanto se não há o crime, não pode usar uma terapia adequada, porque em vez de ajudar, prejudica", disse..