Única integrante do PMDB a permanecer no cargo, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, voltou a defender nesta quarta-feira a presidente Dilma Rousseff durante o lançamento do Plano Safra 2016/2017, que vai disponibilizar R$ 202,88 bilhões em recursos para produtores rurais. Na sexta-feira, a ministra fez a defesa de Dilma na comissão do Senado que analisa o processo de impeachment.
“Muito me entristece as acusações à sua pessoa para tomar seu mandato por ter ajudado, investido e acreditado na agricultura brasileira. Se isso for verdade e se isso se concretizar [o afastamento], quero ser corresponsável nesses atos, porque foi através da CNA [Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil] e como ministra que sugeri à presidenta Dilma: invista na agricultura que a senhora terá retorno direto na economia brasileira”, afirmou Kátia.
No Senado, a ministra fez a defesa de Dilma com uma exposição focada no que ficou conhecido como pedaladas fiscais – possíveis atrasos de pagamentos aos bancos públicos. Ela alertou que a subvenção agrícola não pode ser comparada a um empréstimo.
Orgulho
“Vou acompanhar a presidenta Dilma no que acontecer. Qualquer resultado que ocorra, estarei do lado dela. Sou senadora. Tenho sete anos de mandato pela frente. Vou voltar para a Casa que me elegeu. Saio do governo junto com a presidenta Dilma e volto ao Senado”, acrescentou a ministra.
Kátia Abreu reiterou que confia na honestidade de Dilma. “A popularidade vai e vem, mas a dignidade e a honra, se forem um dia, nunca mais retornarão. Tenho orgulho de estar do seu lado, de ser sua ministra, de ter a senhora como presidenta do Brasil. Confio na sua honestidade, no seu espírito público e tenho convicção do legado que a senhora vai deixar para o Brasil”, destacou a ministra, na cerimônia no Palácio do Planalto.
Com Agência Brasil