Depois de encerrada a sessão, Lira informou que já sabe como vai votar, mas só vai declarar seu posicionamento no plenário do Senado, na próxima quarta-feira. "Já tenho essa convicção. É um voto claro e explícito que irei manifestar já na condição de senador, não mais como presidente da comissão."
Segundo o regimento interno, Lira só poderia votar na comissão em caso de empate. No entanto, o resultado do placar foi 15 x 5, a favor da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Ainda não há informações sobre como funcionará a votação no plenário do Senado. Segundo Lira, o mais provável é que não haja tempo para que os demais senadores debatam sobre o relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG), uma vez que o documento "já foi muito bem discutido, contando com a participação de membros, não-membros e suplentes". "A essas alturas, de 70% a 80% dos senadores já conhecem o teor do relatório", disse Lira.
Ele salientou, ainda, que "cumpriu sua missão" e que teve "muito cuidado de criar condições para que a defesa trabalhasse de forma completa e não fizesse reclamações". O senador destacou que seguiu o rito previsto em lei e as diretrizes definidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).