Em seu perfil no Twitter, o PT pediu apoio dos internautas ao presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que anulou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Casa. Em nota à imprensa, Waldir Maranhão, sucessor e aliado de Eduardo Cunha, apontou seis motivos para decisão histórica que suspende processo de afastamento da presidente da República.
Por volta de 12h20, o partido afirmou. "É a hora de apoiar @WaldirMaranhao. Aqui no Twitter taggeando ele e também comentando no Facebook." Na mensagem, o PT indicou o link da página oficial de Waldir Maranhão no Facebook para que os internautas possam apoiá-lo.
A determinação de Maranhão, que no fim de semana encontrou-se demoradamente com Eduardo Cunha - que teve o mandato parlamentar suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) - atende pedido da Advocacia-Geral da União.
No entendimento de Maranhão, os deputados não poderiam ter dado publicidade a seus votos antes da conclusão da votação. "Não poderiam os senhores parlamentares antes da conclusão da votação terem anunciado publicamente os seus votos, na medida em que isso caracteriza prejulgamento e clara ofensa ao amplo direito de defesa que está consagrado na Constituição. Do mesmo modo, não poderia a defesa da senhora presidente da República ter deixado de falar por último no momento da votação, como acabou ocorrendo", aponta Maranhão.
O presidente interino da Câmara aponta, ainda, outro vício, em sua avaliação. "Também considero que o resultado da votação deveria ter sido formalizado por Resolução, por ser o que dispõe o regimento interno da Câmara dos Deputados e o que estava originalmente previsto no processamento do impeachment do presidente Collor, tomado como paradigma pelo STF para o processamento do presente pedido de impeachment."
No item 5 do texto que divulgou nesta segunda-feira, Maranhão afirma: "Por estas razões, anulei a sessão realizada nos dias 15, 16 e 17 e determinei que uma nova sessão seja realizada para deliberar sobre a matéria no prazo de cinco sessões, contados da data em que o processo for devolvido pelo Senado à Câmara dos Deputados."