Falando em nome dos demais colegas que compõem a Mesa diretora, Mansur disse que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deu nesta tarde um "enterro de quinta categoria" ao encaminhamento de Maranhão. Mansur lembrou que o comando da Casa não foi consultado da decisão, não concorda com a medida a qual, segundo ele, foi elaborada "com certeza nos porões do Palácio do Planalto". "Não há razão para o presidente em exercício tomar uma decisão como essa", afirmou. Antes do afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um documento já havia sido preparado para arquivar o pedido da Advocacia-Geral da União, mas não houve tempo para Cunha assiná-lo.
O objetivo é da reunião desta terça-feira é chamar Maranhão para que ele repense a medida e para discutir uma maneira dele revogar o ato. O primeiro-secretário enfatizou que Maranhão está sujeito a enfrentar um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética por ter praticado, em sua opinião, ato de improbidade administrativa. O deputado declarou que é preciso "convencer" Maranhão de seguir as regras da Casa. "Não estamos aqui para dar bronca em ninguém", disse.
A avaliação de Mansur é que, ao desconsiderar a decisão do presidente interino da Câmara, Renan praticamente enterrou a ação e que agora cabe a Maranhão respeitar a vontade dos deputados, do Senado e da população brasileira.
Mansur enfatizou que se colocou à disposição de Maranhão para ajudá-lo na condução da Casa. Agora, indignado com a postura do presidente em exercício, o primeiro-secretário falou que Maranhão pode vir a ser expulso pelo PP ou cassado, já que o deputado não deu sinais de que está disposto a renunciar ao posto..