Em BH, cerca de 50 manifestantes protestam contra anulação do impeachment de Dilma

O grupo exibe faixas e cartazes contra o PT na Praça da Savassi, Região Centro-Sul da capital

Marcelo Ernesto Luciane Vidigal - Especial para o EM

Cerca de 50 pessoas manifestam neste momento, na Praça da Savassi, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, contra a decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP/MA), de anular as três sessões em que foi votado o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Com faixas, cartazes e apitos o grupo pede a saída do PT do governo. Motoristas que apoiam a causa também buzinam em solidariedade. Manifestação conta com os movimentos Brasil Livre, Patriotas e Direita Minas.

Júnior amaral do movimento direita minas e disse estar indignado com waldir maranhao. "Isso sim foi um golpe " ele espera que dilma saia o mais rapido possivel e que temer tenha pulso forte no governo. "Qualquer politico é um folego novo no planalto,mas o mais preparado seria Jair Bolsonaro; é com remedio amargo que se cura um mal tao grande "

A dona de casa Lucinha Gama conta que teve vontade de chorar quando soube da decisao de Waldir Maranhao . "Estou na manifestação indignada. Foi um absurdo o que esse deputado fez ".


Waldir Maranhão, que assumiu a presidência após afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu os argumentos do advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, por entender que ocorreram vícios no processo de votação, tornando-a nula. A decisão foi tomada na manhã de hoje.

Ele considerou que os partidos políticos não poderiam ter fechado questão ou orientado as bancadas a votarem de um jeito ou de outro sobre o processo de impeachment. “Uma vez que, no caso, deveriam votar de acordo com suas convicções pessoais e livremente”, diz nota do presidente interino divulgada à imprensa.

Maranhão também considera que os deputados não poderiam ter anunciado publicamente os votos antes da votação em plenário em declarações dadas à imprensa. Considerou ainda que o resultado da votação deveria ter sido formalizado por resolução, como define o Regimento Interno da Casa.

Mesmo com a decisão na Câmara, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu seguir com a tramitação do impedimento de Dilma na Casa. Em crítica a Maranhão, Calheiros disse que trata-se de “brincadeira com a democracia”. Em resposta, Waldir afirmou que a atitude está amparada “na Constituição e no regimento da Casa”. .