Ele contou que os grupos pró-Dilma estão planejando para 10 de junho um novo Dia Nacional de Paralisações e Mobilização, nos mesmos moldes de hoje. A data foi escolhida para protestar pelo primeiro mês do eventual governo de Michel Temer. "Em junho esperamos envolver ainda mais a classe trabalhadora, que já estará entendendo e sentindo melhor a pauta, a necessidade de lutar pela manutenção dos nossos direitos", relatou. "Esperamos mais greve nas fábricas, por exemplo."
Nesta terça-feira, os protestos em todo o Brasil ficaram mais restritos aos bloqueios de estradas, embora tenham sido registradas paralisações de trabalhadores em algumas cidades, principalmente no transporte público. No Rio Grande do Sul, diferentes trechos de rodovias federais e estaduais foram interditados, sobretudo na parte da manhã. Em alguns casos, houve queima de pneus.
No final da tarde, manifestantes contrários ao impeachment se reuniram na Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre. O ato teve discursos de diferentes lideranças sociais e políticas, que falaram do alto de um carro de som.
Segundo Nespolo, nesta quarta-feira, 11, o foco será acompanhar a votação no Senado. "Vamos nos reunir para assistir, e o clima será de velório", disse. Segundo ele, os movimentos ligados ao governo federal estão sofrendo uma "derrota institucional", mas "saem vitoriosos" por terem conseguido se unir em torno de um objetivo comum, de defender o mandato da presidente. "Saímos mais fortes nesse sentido.".