Temer ofereceu o Esporte ao PRB após decidir fundir o Ministério da Ciência e Tecnologia, pasta até então destinada ao partido, com o de Comunicações. A fusão faz parte da estratégia do peemedebista de reduzir o número de ministérios de seu futuro governo. A pasta resultante da fusão deverá ficar com o PSD, que indicará como ministro o presidente do partido, Gilberto Kassab. O dirigente comandou o Ministério das Cidades no governo Dilma.
Marcos Pereira afirmou que a bancada da Câmara recusou a oferta do Ministério do Esporte, entre outros motivos, por acreditar que a Olimpíada de 2016 no Rio, principal vitrine da pasta, poderá ter problemas. "Além disso, a pessoa que sabia lidar com tudo isso saiu do partido", disse, referindo-se ao ex-ministro do Esporte de Dilma George Hilton (MG), que migrou do PRB para o PROS.
O objetivo inicial do PRB era tentar ficar com o Ministério da Agricultura, que foi oferecido ao PP. Para demover o partido de Pereira da ideia, Temer chegou a oferecer outros Previdência Social e Portos ao PRB, antes de a sigla finalmente aceitar Ciência e Tecnologia. O partido indicaria Marcos Pereira para o posto. O nome dele enfrentou resistência na comunidade acadêmica, pelo fato de ser bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus.
Procurados, aliados de Temer disseram que ainda não decidiram quem ficará com o Esporte. A pasta também chegou a ser oferecida anteriormente ao PMDB do Rio de Janeiro.