De acordo com decreto anterior, os ministros de Estado já poderiam delegar a competência de autorizar essas despesas ao secretário executivo ou autoridade equivalente e aos dirigentes máximos das entidades vinculadas aos respectivos ministérios. O que decreto de hoje faz é explicitar o poder delegado aos "dirigentes máximos" tanto do Departamento de Polícia Federal quanto do Departamento de Polícia Rodoviária Federal nessas situações que podem implicar custos de maior impacto às pastas.
A medida pode ser mais uma ação de Dilma e do ministro Eugênio Aragão na direção de garantir autonomia à Polícia Federal, responsável pela Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobrás.
Em abril, Aragão anunciou que iria adiantar o repasse de todos os recursos orçamentários da PF neste ano. "Nós estamos garantindo que todos os recursos da Polícia Federal para até o final do ano lhe sejam já repassados antes do dia 11 de maio. E o que significa isso? Que a Polícia Federal não ficará a mercê de eventuais chantagens políticas", disse ele na ocasião. O valor total previsto para a PF na Lei Orçamentária de 2016 é de R$ 160 milhões..