"A festa acabou", disse um assessor próximo a Dilma citado na reportagem, publicada na página do maior jornal dos Estados Unidos na internet na tarde de hoje.
Os mesmos assessores de Dilma, menciona o Times, ressaltam que as paredes do Planalto estampam um clima de "resignação sombria" com "uma pitada de humor negro". "Alguns (dos assessores) já estão procurando por novos empregos. Outros apenas parecem estar aliviados de que a longa batalha está quase terminada", descreve a reportagem.
O Times ressalta que Dilma tentou manter nos últimos dias uma rotina normal, enquanto seu processo de impeachment primeiro foi votado na Câmara e hoje segue para votação no Senado. Nessa rotina, ela tinha compromissos fora do Planalto, fez viagens, participou de eventos e reuniões com ministros e políticos. Mas, hoje, a agenda oficial previa apenas reuniões internas. Ao mesmo tempo, a presidente vem continuamente insistindo que seu impedimento é um golpe.
O jornal de Nova York cita que imagens já circulam hoje no Brasil de objetos pessoais e fotografias sendo retiradas do Planalto e que, caso o Senado aprove o processo de impedimento, Dilma deve ser notificada oficialmente na manhã desta quinta-feira, 12. Além disso, alguns de seus funcionários mais próximos já nem trabalham em tempo integral, reservando tempo para buscar cargos na burocracia do governo em Brasília, que está prestes a se tornar hostil ao partido de Dilma, o PT.
A reportagem descreve ainda que Dilma deve ficar afastada por 180 dias, período que pode durar o seu julgamento no Palácio do Alvorada, onde ainda terá direito a privilégios que o cargo de presidente da República permitem..