Brasília, 12 - O senador Humberto Costa (PT-PE), que até o afastamento da presidente Dilma Rousseff era o líder do governo no Senado, disse logo após a votação de admissibilidade de impeachment que, com a decisão desta quinta-feira, 12, o partido "naturalmente" segue para a oposição. "Vamos fazer uma oposição dura, forte, mas que não vai reproduzir a prática do DEM e do PSDB que fizeram oposição ao Brasil e não ao governo", disse.
O senador petista minimizou o resultado de 55 votos favoráveis ao afastamento da presidente e 22 contra, afirmando que este resultado pode ser revertido nos próximos 180 dias. "Vários senadores afirmaram que estavam votando pela admissibilidade neste momento mas isso não era conclusão definitiva da culpabilidade da presidente. "Há chance de mudar o cenário daqui para frente. Vários fatores podem interferir na agenda do país daqui para frente", disse.
Após a decisão de afastamento, Humberto Costa fez uma avaliação dos principais erros do governo, que resultaram nesta situação. "Falhamos na comunicação com a sociedade, erramos em vários pontos", disse.
O senador disse que agora é defender o legado de 14 anos de governos do PT. "Milhões de pessoas foram incluídas. Este legado será lembrado pelo povo brasileiro e em breve estaremos de volta", disse.
Senado
A presidente Dilma Rousseff pediu ao Senado que seja considerada sem efeito, e, portanto cancelada, a indicação do senador Humberto Costa para exercer a função de líder do Governo na Casa. A mensagem está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira.