No primeiro discurso, ao lado de ministros e parlamentares aliados do governo petista, Dilma citou o “golpe” 14 vezes, questionando os crimes de responsabilidades que foram apontados na denúncia de impeachment. Ela considerou que um processo de “impeachment fraudulento não pode receber outro nome diferente de golpe”. Dilma citou 13 vezes a palavra “democracia”, ressaltando que seu mandato foi garantido pelo voto popular.
A presidente afastada reclamou também sofre uma “injustiça devastadora” e questionou a credibilidade de seu vice-presidente Michel Temer (PMDB), que foi assume agora sua cadeira no Planalto. A palavra “injustiça” foi usada 9 vezes pela petista ao avaliar a tramitação de seu processo de impedimento na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Às 11h34, após deixar o Palácio e cumprimentar manifestantes contrários ao impeachment, Dilma fez um discurso parecido com seu pronunciamento, mas destacou a importância das ações de distribuição de riquezas e os movimentos sociais. Em seu segundo discurso, Dilma usou a palavra “mulher” 16 vezes, afirmando o orgulho de ser a primeira mulher eleita para a presidência da República. Ela citou o “golpe” em outras 12 vezes e “democracia” mais 9 vezes.