"Quando uma delação é homologada pelo Supremo Tribunal Federal, como ocorreu com a delação do ex-senador Delcídio Amaral, é natural que seja feita a devida investigação sobre as declarações dadas. Trata-se de temas que já foram analisados e arquivados anteriormente", diz o comunicado. "O senador Aécio Neves tem convicção de que, como já ocorreu no passado, as investigações irão demonstrar a falsidade das citações feitas."
O tucano é suspeito de receber propina do ex-diretor de Furnas, Dimas Toledo, em um esquema de desvio de recursos na estatal semelhante ao investigado pela Lava Jato. O caso já havia sido relatado nas delações do lobista Fernando Moura do doleiro Alberto Youssef.
Youssef afirmou que o presidente do PSDB teria recebido R$ 4 milhões em propina da diretoria de Toledo. Na ocasião, a citação foi arquivada, mas o relator do caso, ministro Gilmar Mendes, determinou que o documento seja desarquivado e incluído nos autos do processo.
Nesta quarta-feira, ao determinar a instauração do inquérito, Gilmar determinou o cumprimento de diligências pela Polícia Federal, que deve ouvir Aécio e Toledo em m prazo de 90 dias.
Além deste procedimento, Aécio é alvo de um segundo pedido de investigação feito por Janot ao ministro Teori Zavascki no âmbito da Lava-Jato para apurar se o tucano agiu para alterar dados bancários do Banco Rural que poderiam atingi-lo e a seus aliados no escândalo do mensalão..