Eu torço para que as coisas se acertem no Brasil. Ninguém está feliz neste momento. Ninguém pode achar que é bom uma crise política, que é bom impedimento, impeachment. Acho que nada disso é bom. O importante é que a gente possa prosseguir, e em relação aos Jogos Olímpicos eu quero afirmar e reafirmar isso, é uma agenda que não pertence a partido nenhum, a coloração nenhuma. É uma agenda do Brasil, disse o prefeito.
Paes não quis se aprofundar no assunto. Eu tomei uma decisão depois daquela minha gravação com o presidente Lula: eu não me meto mais em Brasília.
O prefeito se referia à gravação de um telefonema entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva interceptada pela Polícia Federal (PF) e divulgada em março deste ano. Na conversa, o prefeito afirmava que cidades como São Pedro da Aldeia e Araruama, na Região dos Lagos, não são o mesmo que Búzios e Angra dos Reis, municípios da costa fluminense conhecidos por abrigarem propriedades de alto padrão. Falando sobre o sítio em Atibaia, que a PF suspeita ser do ex-presidente, Paes declarou que, no Rio , não é em Petrópolis, não é em Itaipava. É em Maricá. A declaração gerou protestos de moradores dessas cidades e o obrigou o prefeito a se desculpar.
Paes disse ter falado com Temer pela última vez no sábado. Eu conversei com o vice-presidente Michel Temer, ele me ligou no último sábado, ainda antes de ter se tornado presidente da República. Ele me garantiu e reafirmou o compromisso dele com os Jogos Olímpicos. Acho que este é um assunto que perpassa discursos políticos, perpassa governos ou administrações. Tenho certeza que a presidente Dilma vinha tratando de forma muito correta a Olimpíada, e assim continuará com o presidente Michel Temer, disse o prefeito. Essa é uma agenda do Brasil, do estado brasileiro, do País.