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Estado de Minas

Investigados, ministros de Temer passam a ter foro privilegiado na Lava-Jato

Henrique Alves no Ministério do Turismo e Geddel Vieira Lima, como ministro-chefe da Secretaria de Governo vão deixar as investigações da força-tarefa comandada pelo juiz Sérgio moro


postado em 12/05/2016 16:16 / atualizado em 12/05/2016 16:26

Dois ministros do governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) vão assumir pastas no final da tarde desta quinta-feira e, com isso, vão mudar de foro nas investigações contra eles que correm na Operação Lava-Jato. Henrique Alves no Ministério do Turismo e Geddel Vieira Lima, como ministro-chefe da Secretaria de Governo serão desmembrados da força-tarefa da operação, em Curitiba, sob comando do juiz Sérgio Moro e passam a ser tratados no Supremo Tribunal Federal (STF).

Eles e outros ministros, inclusive o próprio Temer, são citados na operação por recebimento de propinas e desvios de verba na Petrobras, mas já possuem foro privilegiado por ocuparem cargos de deputados federais e estaduais.

Romero Jucá do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; Eliseu Padilha na Casa Civil e Bruno Araújo nas Cidades também estão entre os nomes que aparecem na operação que investiga desvios de verbas e pagamentos de propinas na Petrobras.

O novo ministro do Turismo, que ocupou o mesmo cargo no governo Dilma, é investigado por suspeita de atuação em conjunto com Eduardo Cunha. Ele teria feito lobby para empreiteiras investigadas.

Geddel Vieira Lima, que fica na Secretária de Governo, é acusado também de fazer lobby para a empreiteira OAS em contratos com a Caixa Econômica Federal.

Já Romero Jucá, que fica com a pasta do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão é investigado por formação de quadrilha. Ele é suspeito de exigir propinas em contratos de plataforma de Angra 3 com a empreiteira OAS.

Comandando a Casa Civil, Eliseu Padilha, foi citado por Delcídio do Amaral em sua delação acusado por ele de dar suporte ao ex-senador para chegar a direção do setor de gás e energia da Petrobras.

Bruno Araújo, que assume as Cidades, também é citado como beneficiário de propina de empreiteira investigada no esquema da Petrobras.


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