Segundo Mansur, Geddel tentará negociar uma trégua na Câmara pelo menos durante os primeiros 15 dias do novo governo Temer. O 1º secretário, por sua vez, se comprometeu a procurar Maranhão para que ele "mantenha uma certa distância" dos trabalhos da Casa durante esse prazo, para ajudar no distensionamento.
O receio de auxiliares de Temer é de que a pressão pela saída de Maranhão acabe prejudicando a tramitação de propostas que o presidente enviará ao Congresso Nacional. Segundo Mansur, o futuro ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, prometeu enviar projetos de lei e medidas provisórias a partir desta sexta-feira, 13.
"Temos que ter agora senso de Brasil. Se ficar nessa de se o Maranhão sai ou não sai, não vamos trabalhar", afirmou Mansur. Ele lembrou que o presidente interino da Câmara tem reiterado que não pretende renunciar ao cargo de 1º vice-presidente da Casa, como a maioria dos líderes partidários tem pedido.
Com a recusa de Maranhão, líderes partidários do "centrão" (PTB, PSD e PR) já discutem a possibilidade de aceitar a permanência do presidente interino no comando da Casa, desde que membros da Mesa Diretora conduzissem os trabalhos, deixando-o "reinando", mas sem poder de "governar".
Embora seus auxiliares tenham prometido atuar em relação ao imbróglio da presidência da Câmara, o 1º secretário declarou que, oficialmente, Temer disse "não vou me meter" nessa questão. Mansur esteve com Temer e Geddel hoje pela manhã no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência..