Caso queira permanecer no cargo, Pauderney afirma que "não há solução simples, nem rápida", mas avalia que a saída de Maranhão é necessária. O líder do DEM admitiu que está sendo procurado por parlamentares do 'centrão', composto pelo PR, PSD e PTB, para que mude de ideia, mas está irredutível sobre a sua posição. "Nunca levei ninguém ao Conselho de Ética, mas nesse caso eu fiz questão de ir pessoalmente", declarou o democrata. Segundo ele, o presidente interino "manchou a imagem" da Câmara ao anular o processo de impeachment de Dilma Rousseff, na última segunda, 9 - Maranhão voltou atrás da decisão no mesmo dia.
A mesa diretora da Câmara não despachou para o Conselho de Ética, como era esperado, a representação protocolada nesta semana contra Maranhão. Pauderney contou já ter preparada, no entanto, uma questão de ordem que será apresentada em plenário na próxima terça-feira, 17, e a consulta à Comissão de Constituição e Justiça para declarar a presidência da Câmara vaga. Os partidos haviam dado um prazo até hoje para que Maranhão renunciasse ao cargo, mas o interino ignorou o ultimato.
A proposta de Geddel seria de que os partidos aguardassem os primeiros 15 dias do governo Michel Temer para então discutir a situação de Maranhão.
Uma das principais estratégias seria defender que seja declarada a vacância do cargo de presidente da Casa, ocupado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teve o mandato de deputado federal suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana. Assim, novas eleições para a função teriam que ser convocadas. Os deputados ainda estudam a viabilidade da ideia. Para Pauderney, "se a vaga ficar vaga, o caso de Maranhão na vice-presidência ficaria secundário". Maranhão não foi à Câmara ao longo de todo o dia e cancelou o único evento da sua agenda oficial, que seria participar da posse do ministro Gilmar Mendes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)..