Ministro do Planejamento, Romero Jucá, disse em entrevista coletiva, nesta sexta-feira, que o governo Michel Temer tem como meta reduzir quatro mil cargos comissionados para reduzir gastos.Segundo ele, o governo tem cargos de confiança e da gratificações de 51 formas diferentes, o que será revisto", disse Jucá.
De acordo com o novo ministro do Planejamento, os cortes dos 4 mil postos devem acontecer até 31 de dezembro.Jucá disse que esse corte é uma"meta física"que pode ser ampliada se houver necessidade. "Vamos rever a estrutura organizacional dos ministérios. Alguns já foram encerrados ou recepcionados por outros ministérios".
Jucá disse que mesmo o corte não vai resolver a questão do gasto público e meta de déficit. "Mas é um posicionamento que o governo deve tomar como exemplo para a sociedade", afirmou.
O ministro do Planejamento afirmou ainda que a economia que o governo pretende fazer com a redução dos cargos será anunciada "no momento certo", em razão das diferentes remunerações.
Já o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que se o governo não cortar despesas vão faltar recursos para pagar salário dos servidores federais.
Segundo Padilha, o governo também fará um pente-fino nas formas de contratação do Executivo, em coletiva após a primeira reunião ministerial com o presidente Michel Temer.
“O presidente Michel pediu que todos os ministros supram, no máximo, até 75% de suas funções gratificadas e cargos comissionados. Há mais de 50 formas de contratação no governo federal e o ministro (do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão Romero) Jucá está passando um pente-fino nisso”, disse Padilha, após a primeira reunião ministerial convocada pelo presidente interino Michel Temer para discutir as primeiras medidas do governo.
Com o afastamento ontem (12) de Dilma Rousseff, Temer assumiu, por até 180 dias, o comando do país e já deu posse aos novos ministros.
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