A medida foi bastante criticada por interlocutores da presidente afastada Dilma Rousseff. E a própria Dilma destacou que o impeachment contra ela era preconceito de gênero. "Não houve até agora a possibilidade de indicar mulheres", reiterou Padilha.
O ministro da Casa Civil disse, que em alguns casos, apesar de não terem sido nomeadas para o comando de ministérios, haverá mulheres em cargos importantes, como chefia de gabinete. Segundo ele, o núcleo político do governo e o próprio Temer continuarão buscando indicações para trazer mais mulheres para o governo. "Vamos incrementar a solicitação de que os partidos tragam mulheres para postos similares a status de ministério", disse.
Base parlamentar
Indagado como o governo, classificado como transitório pelo presidente em exercício Michel Temer, iria conseguir base parlamentar para aprovar projetos impopulares no Congresso, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse ter "consciência que, se o poder Executivo pensar em mudar sozinho, vamos comprometer o amanhã".
Padilha lembrou que o governo foi imaginado para atender aos pedidos da sociedade, que foi às ruas e cobrou um Estado "sem corrupção e eficiente". Por isso, para ele, "a dificuldade hoje é de consciência coletiva, e a solução será coletiva", disse numa referência ao apoio do Congresso para a aprovação das medidas de ajuste..