Um dos cantos dizia "nem recatada, nem do lar, a mulherada está aqui para te apoiar", em referência a adjetivos usados por matéria da Revista Veja para descrever Marcela Temer, esposa do presidente em exercício, Michel Temer. Outra mensagem falava "Dilma, nossa querida, pode chegar que aqui tu é bem-vinda".
O grupo começou o ato por volta das 13h30 e tocou por cerca de meia hora. Uma das participantes tentou contatar a equipe de Dilma por meio do interfone, mas não teve sucesso. O ato terminou depois que uma pessoa do prédio pediu silêncio em consideração a uma criança que está doente.
O bloco se intitula "Não mexe comigo que eu não ando só", frase tirada de uma música de Maria Bethânia. Uma das participantes, Kátia Azambuja, de 28 anos, disse que o coletivo é um grupo feminista que ensaia como bloco de carnaval. No total, são cerca de 60 integrantes, todas mulheres.
Segundo ela, o objetivo do ato de hoje era mostrar solidariedade à Dilma. "O País tem muitos problemas.
A estudante de Direito Rafaela Araújo La Porta, de 19 anos, também se dirigiu ao prédio da presidente afastada na tarde de sábado. Ela levava um buquê de flores e um bilhete onde se lia "estamos contigo, a luta continua". Tentou entregar para a equipe de Dilma, mas não conseguiu.
Ao longo do dia, houve diversas manifestações isoladas de apoio diante do edifício de Dilma em Porto Alegre, onde ela passa o fim de semana com a família. Alguns simpatizantes deixaram flores no portão de entrada, que foram depois recolhidas pelo staff da petista.
A Frente Brasil Popular no Rio Grande do Sul está programando um ato para amanhã, no aeroporto Salgado Filho, no momento do retorno de Dilma a Brasília.
Desde que chegou à capital gaúcha, na noite de sexta-feira, Dilma está se dedicando à filha, Paula Araújo, e aos netos, Gabriel e Guilherme. Sua única aparição pública foi na manhã deste sábado, quando ela andou de bicicleta na orla do Guaíba, na companhia de seguranças..