Funcionários do extinto Ministério da Cultura protestaram contra fazer parte da mesma pasta da Educação.
Está certo que o presidente Michel Temer atendeu à reivindicação dos servidores, mudou de ideia e agora a Cultura será vinculada à Presidência da República, mas não custa lembrar aos que protestaram: antes, existia o MEC e o C era de cultura. E funcionava.
Temer reduziu de 32 para 23 o número de ministérios da época em que Dilma Rousseff (PT) comandava o país. E em nenhum dos casos a fusão era tão óbvia quanto ressuscitar o MEC, que por tantos anos cumpriu o seu papel. Afinal, educação (o E da sigla) tem tudo a ver com cultura.
Difícil é entender o motivo de o governo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, privilegiar quem não precisa. A queixa é de quem não tem fama e precisa da pasta para tentar decolar. Só um exemplo, para não alongar demais. A cantora Claudia Leitte recebeu autorização de captar R$ 5,8 milhões para realizar seus shows, em um dos casos mais polêmicos.
O governo alega que o benefício “não configura repasse de verbas pelo Ministério da Cultura aos projetos selecionados, mas uma autorização para o artista ou produtor cultural buscar aportes financeiros junto à iniciativa privada”. Tradução: só os artistas consagrados têm facilidade de conseguir. Quem está começando, só com muita sorte ou com padrinho forte para levar à frente o seu projeto.
Ainda pagou mico
O motivo foi, provavelmente, o currículo nada abonador do pai, mas ele chiou assim mesmo. O ex-governador Newton Cardoso (PMDB) anda revoltado com o presidente em exercício Michel Temer (PMDB), que tinha aventado a possibilidade de nomear o deputado Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG) ministro da Defesa Social. E simplesmente não nomeou e muito menos deu qualquer satisfação. E Newton Júnior ainda pagou o mico de anunciar a nomeação que não houve nas redes sociais.
Ao trabalho
Quem tem razão é o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), que estava ansioso para que fosse logo resolvido o afastamento de Dilma Rousseff (PT) do Palácio do Planalto. “É preciso que o Congresso normalize as suas atividades, porque há várias propostas de emenda constitucional (PEC) a serem votadas”. E diz que Michel Temer (PMDB) não pode usar a desculpa de estar em um governo de transição, que, aliás, provavelmente não será. Em tempo: antes de assumir, Temer teve uma conversa reservada com o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB.
Mineiro na Academia
Mantendo a tradição de Minas de terra de grandes juristas, o desembargador Nelson Missias de Morais (foto) tomou posse, no Rio, na Academia Internacional de Jurisprudência e Direito Comparado.
O sobrenome?
O resultado da malfadada Operação Satiagraha, que tinha como alvo o empresário Daniel Dantas, foi este: prisão para o delegado Protógenes Queiroz, que comandou as investigações. Depois de expulso da Polícia Federal, condenado e no exílio na Suíça, a Justiça de São Paulo expediu mandado de prisão contra ele por não se apresentar à Justiça para audiência. O nome da juíza que expediu a ordem é Andreia Silva Sarney Moruzzi. Será por isso? O sobrenome?
A voz da leitora
Sobre a coluna de sexta-feira, escreve a leitora Maria Rodrigues Carvalho: “Considero uma incoerência reconhecer, por um lado, a igualdade entre homens e mulheres e, por outro, fazer questão de cotas em cargos de ministério. E não quero ser linchada pelo mulherio desvairado, mas acho que o tempo necessário à aposentadoria deveria ser igual para os dois sexos. Homem hoje já vai à cozinha, já cuida de crianças, ou seja, já tem também a chamada segunda jornada”. Comentário meu: com razão e muita coragem as palavras de Maria.
PINGA FOGO
A meta de crescimento econômico este ano está mantida. Haverá um incremento de, pelo menos, 6,5% a 7%. Calma gente, não é previsão do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Quem dera fosse Meirelles falando e o índice fosse para a economia brasileira.
Em vídeo no site da Agência Senado, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) deu detalhes sobre as próximas fases do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Importante salientar que Anastasia, como bom político mineiro, como aprendeu a ser, mesmo com seu estilo técnico, não fez nenhum juízo de valor. Só falou da tramitação do processo.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu o arquivamento do inquérito aberto na Operação Lava-Jato para investigar o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG). Janot não viu indícios suficientes de envolvimento do parlamentar com fraudes na Petrobras para o prosseguimento da apuração. A decisão sobre o arquivamento cabe agora ao ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki.
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