A ofensiva do governo elevou a pressão para que o ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho (DEM-PE), nomeie uma mulher afinada com a classe artística para ocupar a secretaria nacional de Cultura.
A ideia do titular do MEC é promover uma série de encontros com o setor antes de bater o martelo, mas aliados do ministro reconhecem que não está sendo fácil achar um nome.
O PPS, que esperava indicar o ator Stepan Nercessian, já jogou a toalha.
Diante da indecisão, um nome circulou entre funcionários do extinto Ministério da Cultura: a atriz Zezé Mota. Mas ela desmentiu. Estou sabendo pelas mensagens que me mandaram, mas não fui sondada, afirmou.
Questionada se, em caso de um convite formal, aceitaria ocupar o cargo, disse que não sofreria por antecipação. Zezé já foi Conselheira de Direitos Humanos no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e atuou na Superintendência de Igualdade Racial do Rio na gestão de Lula (PT).
A antropóloga cearense Cláudia Leitão, ex-secretaria de economia criativa do MinC disse ter sido sondada, mas negou. Segundo ela, o problema é o fato do MinC ter se tornado um apêndice do MEC.
Cláudia fez parte da gestão Ana de Holanda, onde chefiou a Secretaria de Economia Criativa, e saiu após a posse de Marta Suplicy. Eu não poderia aceitar um pedido desses, estão procurando uma mulher como se quisessem dar um prêmio de consolação.
Outros nomes ventilados na tarde desta segunda, 16, que teriam negado convites para o MinC são a ex-secretária de Cultura do Rio, Adriana Rattes, e a apresentadora Marília Gabriela.
Em outra frente, Mendonça nomeou secretária executiva do Ministério da Educação a socióloga Maria Helena Guimarães de Castro, que, ao contrário do titular da pasta, tem uma carreira reconhecida na Educação.
O titular do MEC também escolheu a educadora Maria Inês Fini para ser presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), órgão responsável pelo ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). No Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, seguiu a orientação do chefe e nomeou Natalia Marcassa de Souza para o cargo de subchefe de articulação e monitoramento da Casa Civil, um dos cinco cargos principais da pasta. / COLABOROU JULIO MARIA.