Maranhão é alvo das inúmeras reuniões e discussões mobilizadas por lideranças nas últimas semanas, desde que assinou decisão para anular sessões da Casa, quando foi aprovada a continuidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Os deputados apontam como saídas para o caso um pedido de cassação do mandato de Maranhão, o que levaria meses; uma resolução que pudesse indicar a vacância da cadeira ou, ainda, uma solução diplomática em que Maranhão ocupasse a cadeira sem qualquer poder de comando. Nesta última opção, a Câmara seria conduzida pelo 1º secretário da Mesa Diretora, Beto Mansur (PRB-SP).
O comando de Maranhão deve ser testado hoje, quando, às 15h, líderes de todos os partidos representados na Casa fazem a tradicional reunião semanal para discutir votações. A pauta está trancada por quatro medidas provisórias e três projetos de lei do Poder Executivo com urgência constitucional. Maranhão declarou aos deputados que o apoiam que irá conduzir o encontro, marcado para ocorrer em seu gabinete, e a sessão plenária, agendada para o final da tarde de hoje.
Ex-vice líder do governo Dilma, Silvio Costa (PTdoB-PE), que chegou à reunião informal de líderes do centrão e da oposição, na sala do PTB, sem saber o tema do encontro, deixou o local criticando as manobras estudadas para o afastamento de Maranhão. Costa, que é um dos nomes na disputa pela bancada da minoria, agora nas mãos de aliados petistas, disse que ofereceu sustentação política ao deputado.
“Não adianta este governo provisório pressionar. Ninguém vai tirar Maranhão”, afirmou Silvio Costa, lembrando que o parlamentar foi eleito para o cargo de 1º vice-presidente da Mesa, na chapa que elegeu Cunha presidente da Casa.