O movimento ocupou a avenida no sentido da rua da Consolação por volta das 18h20. O trajeto só foi definido minutos antes dos cerca de 3 mil manifestantes saírem do vão Livre do Masp. Um dos primeiro gritos a ecoar foi "nem recatada, nem do lar, a mulherada está na rua para lutar". O grupo seguiu em direção à Consolação e se dirige à sede da Funarte, no centro.
O ex-ministro da Educação e filósofo, Renato Janine Ribeiro acompanhou o movimento e ressaltou a importância da sociedade se fazer ouvir.
Além dos coletivos e movimentos sociais, muitas participações espontâneas, ou sem vínculo com entidades pode ser observada. "Eu trabalho na Paulista. Saí mais cedo para apoiar a meninada e dar meu grito de indignação contra esse governo ilegítimo", falou a advogada Rosana Fernandes, 41 anos.
De novo, gritos de "não tem arrego" mostraram a disposição dos grupos de continuarem nas ruas pelo tempo de duração do governo interino. Muitos mostraram preocupação com a declaração do ministro da saúde, Ricardo Barros, sobre o SUS e também com o currículo do ministro da Educação, Mendonça Filho. "São pessoas que foram indicadas justamente para minar as conquistas dos últimos anos. Acho que um período de trevas vai se abater sobre a nossa saúde e educação e cultura", afirmou Rogério Diógenes, 19 anos, estudante de direito e membro de um coletivo LGBT..