Ligado à Força Sindical, Paulinho disse que, se Temer insistir na reforma da Previdência, vai acabar unindo as centrais sindicais em torno de pautas contra o governo. Hoje, a Força Sindical, a UGT, a CSB e a Nova Central Sindical aceitam sentar à mesa para discutir com o governo, enquanto entidades ligadas ao PT e ao PCdoB, como CUT e MTST, afirmam não reconhecer o governo interino, a quem chamam de "golpistas".
Paulinho disse que insistirá na reunião que é necessário alguns ajustes antes de se pensar em fazer uma reforma do sistema, como tem propagado o governo do presidente em exercício Michel Temer. Segundo ele, é necessário acabar com a desoneração, cobrar dos sonegadores e acabar com o que chamou de filantropia. "Filantropia no Brasil é pilantropia. É um bando de gente que faz filantropia mas cobra caro de seus clientes, como é o caso das faculdades", disse.
Segundo o deputado, o setor do agronegócio também deve ser cobrado a contribuir. "O grande rombo na Previdência é no setor rural porque os empresários deste setor não pagam a Previdência", disse. Segundo o deputado, o setor rural teve um déficit de 89 bilhões no ano passado, com arrecadação de R$ 7 bilhões.
Paulinho disse que só depois que forem feitos os ajustes é que se deve discutir uma reforma da Previdência para os novos trabalhadores.